ARTISTAS ESCADÃO 2024
GIOVANNA CARVALHO
Belo Horizonte, 1990, Giovanna Carvalho vive e trabalha na capital de Minas Gerais. Artista e escultora formada pela Escola Guignard (UEMG), pós graduanda em Gestão Cultural pelo SENAC, e atualmente sopradora de vidro no ateliê Kpipes.
APRUMO PROSAICO
Aprumo Prosaico é a construção de uma ruína.
É uma espécie de levantamento das inutilidades cotidianas. Uma escultura social (Beuys, 1960). O aprumo das histórias abandonadas e constituídas de toda a lama em que fomos fundados como civilização, denuncia a decadência de um corpo social que ameaça cair sobre nossas próprias cabeças.
Na instalação Aprumo Prosaico, um muro de lama assoreada da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, é construído no mirante do Escadão da Pampulha, a fim de bloquear a bela vista da lagoa que morre com o despejo de esgoto de cerca de oito mil residências.
LUCIANA BRANDÃO
Luciana Brandão (1990), natural de Belo Horizonte, é multiartista entre artes plásticas e cênicas, mestra em Artes da Cena pela UFMG e bacharel em artes plásticas pela Escola Guignard, UEMG. Mestiça de olhos puxados. Mestra em teatro, artista visual, produtora e mãe. Em sua formação, também passou por um intercâmbio na Universidade do Porto, Portugal, quando também realizou curso de lampwork no instituto Abatti Zanetti, em Murano, Itália.
A poética de seu trabalho relaciona os distintos caminhos da ancestralidade no Brasil usando da diversidade da sua própria ancestralidade para refletir os contextos sócio políticos que nos compõem enquanto sociedade, sobretudo sobre o lugar da mulher.
Sua pesquisa plástica combina o vidro como suporte e matéria com técnicas de gravura — litogravura e serigrafia — para a criação de pinturas em vidro. Por via dessa técnica, Luciana pesquisa a ficção como forma de preencher lacunas que a memória não comporta, partindo da própria ancestralidade e autorretratos.
Fundou o coletivo Movimento Arte na Maternidade, para debater a (re)inserção da mãe artista à cena, criando mostras de trabalho em diversas linguagens com apenas mães na sua programação.
CÊ É FIH D'QUEM
A performance “Cê é fih d’quem” cria uma situação performática de aproximação entre artista e público a partir da pergunta “Você é filho de quem”. A pergunta é uma provocação a um traço marcante da cultura mineira em orientar a maneira de se conhecer e validar uma pessoa a partir de sua ascendência. Contudo, até onde sabemos mesmo de quem somos filhos? Qual é o exercício da nossa memória ao recordarmos de onde somos? De quem somos filhos, de fato? Durante a conversa a memórias afetiva revela para além do registro genético que na história individual de cada um, há um retrato da formação do nosso país.
CELSO LEMBI
Celso Lembi atua na interseção entre Arte, Educação, Ciência, Tecnologia, Saberes Populares e Ativismo como artista, professor, pesquisador, consultor e coordenador artístico pedagógico, curador e produtor, desenvolvendo trabalhos e projetos desde o final da década de 90. É Bacharel em Artes Plásticas, Pós-graduado em Arte Contemporaneidade, Mestre em Artes, Licenciando em Artes Plásticas e Doutorando em Artes, pela Escola Guignard e PPGArtes da UEMG.
CÍRCULO DA DIVERSIDADE / COLUNA PARA O INFINITO
Círculo da Diversidade / Coluna para o Infinito é um trabalho híbrido de pintura, escultura, instalação e intervenção urbana. Consiste em um anel luminoso monumental com cerca de 3 metros de diâmetro e 40 metros de altura. Utilizando lasers programáveis, a estrutura emite um espectro contínuo de luzes nas cores do arco-íris suspenso no ar, as cores em posições que mudam em intervalos regulares criam a sensação de sínese fazendo o círculo girar.
ELDER MANUEL TOBAR
Elder Manuel Tobar é Comunicador Social com Mestrado em Humanidades Digitais; especializou-se na criação, design e produção de projetos narrativos digitais multiplataforma. Tem experiência como produtor e diretor de web comics, curtas de animação, exposições interativas e experiências imersivas em Realidade Virtual e Realidade Aumentada.
O seu mais recente projeto centra-se no futurismo ancestral ou futurismo indígena, onde procura aprofundar as suas raízes indígenas familiares, ritualidade e espiritualidade através de diversas tecnologias e recursos como ficção científica e histórias multiplataforma.
CÓDICE FUTURO
Destruição ambiental, Inteligência Artificial dominando o mundo, precariedade e caos.
Qual é o seu futuro? Temos a possibilidade de construir outros futuros?
Meu trabalho busca propor relatos, histórias e estéticas que nos permitam imaginar novos caminhos para os tempos que virão. Para isso, parto de uma perspectiva ancestral ligada ao meu passado familiar para propor um futuro ancestral, um futurismo indígena.
A história do passado e do futuro é elástica e permite-nos construir outras ligações que rompem as limitações do tempo e do espaço, o que em última análise nos diz é que falar do futuro é falar do presente e dessa conversa surgem questões:
O que será do Brasil, da Colômbia nesse futuro?
Onde você e eu estaremos nesse futuro?
O que será desta escadaria?